Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2009

Mundo e Vida

Imagem
Criação de perus Venda ambulante de perús em Lisboa pelo Natal  PERÚ DO NATAL Creio que por todo o país, chegou a estar muito arreigado o hábito da ementa da ceia de Natal das famílias incluir carne do peru. Os tempos são outros, a vulgarização da ave, que passou de doméstica a criação de aviário veio fazer com que apareça nos talhos e nos supermercados todo o ano, portanto menos desejada numa época específica, como o Natal. Depois quer se queira ou não, a carne de aves de capoeira, uma vez criadas em aviário não fazem tão bons cozinhados, já não dão a antiga áurea à cozinheira doméstica, como antigamente. Tempos houve em que, pela quadra do Natal, por todos os bairros de Lisboa, passava um homem conduzindo uma manada de perus, apregoando-os. Nos anos sessenta passava, diariamente, no largo Martim Moniz, em Lisboa. Nesta quadra testemunhava, o típico vendedor de perus sempre ali. Parece que o estou ainda a vislumbrar, junto dos pré-fabricados a albergar as diversas casas

Mundo e Vida

Imagem
HISTÓRIA QUE NÃO CONTEI Da parte familiar paterna, havia a ideia de que não era curial enfatizar os êxitos pessoais. Tinham que ser as pessoas a darem pelos factos e menciona-los. Sempre achei errado, o que pode ser publicitado como facto consumado deve ser dito de viva voz. Quando se pode mostrar obra realizada, deve mostrar-se, porque obviamente não serão os outros a enaltecer suficientemente o nosso trabalho. Ao contrário projectos ou quejandos podem merecer a entrada no reino da neutralidade, enquanto o forem, senão poderemos ser tidos e criticados como falaciosos. De qualquer modo pouco evoquei os meus pequenos êxitos ou feitos pessoais e serão alguns. Um grande amigo, com quem conversava imenso, um dia disse-me: "já fizeste tudo, de facto és verdadeiro homem, plantaste árvores, fizeste um filho e agora um livro". Fiquei aparvalhado, porque me estava a ser atribuído um alto valor. De facto, editava e dirigia um pequeno periódico mensal e ao fim de doze meses,

Olhem Caíu uma Avioneta

Imagem
OLHEM CAÍU A AVIONETA!... A interjeição saiu tal qual como menciona o título em terras do Vale Medo, lado Oeste da Bufarda, mais propriamente do Casal Foz, Peniche, gritado em uníssono por um grupinho de trabalhadores, que o tio José Miguel trazia de jorna na hora do jantar (meio dia pelo sol hora do almoço nos centros urbanos). Do pequeno grupo, que o tio tinha reunido orgulhosamente, por serem todos sobrinhos, de que também eu fazia parte. O objectivo era o de proceder à cava da sua vinha e pomar. Estávamos em pleno mês Janeiro de 1958, o frio e o vento eram intensos, pelo que o jantar procedia-se no abrigo de uma caniceira a servir de protecção à vinha e árvores de fruto. De repente ouviu-se o bimotor, que vinha a passar nos ares, o que era vulgar, já que se estava relativamente perto da base aérea da serra de Montejunto. Ao ouviu-se um estrondo, a reacção foi a de ver o que se passara afinal. O aparelho estava despenhado, desfeita e espalhada a sua estrutura apenas a alg

mundo e vida

Imagem
UMA DAS POUCAS PEÇAS QUE ESCREVI COM A PALAVRA FILME, DEDICO-A COM AMIZADE À GRANDE MULHER RENATA, POR QUEM TENHO UMA ESTIMA ILIMITADA. FILMES - LUSOMUNDO E O SENHOR AURÉLIO "O diabo sabe muito, não por ser diabo mas por ser velho". Por mim, que já fiz trinta anos, julgo que a máxima não deve ser assumida. Sempre me ocorrem memórias, por vezes chegam com os sonhos, como se estes fossem alfobre. Não é que me veio à memória o senhor Aurélio que os céus guardarão? Passava-se nos anos sessenta, à tarde diariamente aparecia o emissário da Lusomundo, com o original fotográfico, Encomendava uma fotogravura do mesmo e levando feita uma outra, que deixara na véspera a executar. As gravuras ficavam sempre desmontadas (sem calços de madeira), prontas seguirem para a galvanoplastia afim de servirem de molde a poder mandar executar repetições em chumbo para servirem em campanhas publicitárias de estreias de filmes em salas de cinema da capital. Recordo o senhor Aurélio, aparen

Mundo e Vida

Imagem
FIGURA INESQUECÍVEL – AMÉRICO TOZZINI Na verdade há pessoas marcantes na nossa vida, como aconteceu com Américo Tozzini, que não chegou a este século, segundo julgo, o motivo foi a inevitável viagem ao mítico mundo do além. Afinal sabia que estava já na presença de um amigo de idade avançada, além de que bastava observar a sua escrita a denunciar decrepitude. Mas devo render-lhe a minha homenagem, porque ao iniciar-me como Director e Editor da minha revista FRANQUIA, recebi dele apoio, alguém de longe e enquadrado em assunto tão especializado, como é do vasto mundo comunitário da filatelia. A minha intenção era abranger tudo o que fosse a comunidade de língua portuguesa, incluindo o Brasil. Daquele país estendia-se-me logo uma mão. De facto o Tozzini fazia uma coluna especializada no Jornal de São Paulo e fazia o "Cinco Minutos com a Filatelia", no programa radiofónico "Pulo do Gato", da Rádio Bandeirantes. Passei a receber regularmente entre vasto correi