Sexta-Feira 13

SEXTA-FEIRA 13

Hoje é Sexta-Feira 13! 13 de Março de 2009!
Confesso que não me acho adepto de superstições, mas afinal talvez seja, porque faço questão de gostar do dia 13, aprecio especialmente uma Sexta-Feira 13, como o passar debaixo de escadas, o ter estar à mesa e verificarmos haver 13 pessoas.
Em suma, fazer o contrário do que é convencional dar azar.
Afinal a palavra azar, noutras línguas, nomeadamente, árabes traduz-se por felicidade.
Noutras culturas, o 13 é número de sorte.
A revista “SELECÇÕES MISTÉRIO” criada e dirigida por Lima Rodrigues, havia criado o CLUBE 6ª FEIRA 13. Entre outras iniciativas, patrocinava nesse dia, chamado: das Bruxas, um jantar, onde seriam exorcizados esses seres.
Como tinha sido convidado a escrever, automaticamente poderia estar presente nos jantares, nunca estive, como estiveram colaboradores e outros escritores e jornalistas de grande nomeada, como o Dr. Varatojo, como assíduo colaborador e amigo pessoal do Director.
Na última SEXTA-FEIRA 13, que a revista patrocinou,
Mas respingo da revista, número nove e último de “SELECÇÕES MISTÉRIO”, editada entre Junho de 1981 e Fevereiro de 1982, do discurso de apresentação do último jantar patrocinado pela revista, escrito por L.C.

“Foi o Dr. Varatojo quem abriu a função. E como mestre de cerimónias, seja em almoços de festa ou jantar de defuntos, continua a ser imparável. De resto, competia-lhe a tarefa porque que teve a ideia foi ele. Falou tão bem como costuma falar, e mesmo dirigindo-se à paisana a uma assembleia que incluía espectros, bruxas e feiticeiros, conseguiu-se fazer entender e aplaudir. De seguida, enquanto o pessoal ainda estava disposto a ouvir, porque a “função” propriamente dita não começara, o Constantino Botas anunciou o que ia seguir-se. A partir daí foi sem dúvida uma reunião original.
O Domingos Cabral, de carrasco, arrastava uma cabeça despenteada na mão direita e com a esquerda equilibrava dois pães com chouriço e um copo de tinto da região. O Luís Pereira de Sousa, apaixonado destas coisas, apresentava-se com aquele a ansioso que por vezes usa na televisão, de quem está à espera de um momento para que de um momento para o outro lhe caia uma girafa na cabeça ou se lhe abra um alçapão sobre os pés.
Antes das sardinhas apareceu o Rancho Folclórico do Livramento; eram jovens, alegres, e sem dúvida estavam vivos. A dada altura houve uma bruxa loira e mais bonita que as bruxas que eu conheço dos livros, de modo que daí a bocado, todos os assassinos, vitimas e cangalheiros foram para a posta. Com o olho no parceiro mais próximo, não fosse o diabo tecê-las, e o outro na bicha para a sardinha assada…
O Ross Pin era para ir, mas não foi. Tinha um jornal para acabar acabar nessa madrugada… incrível! …”


Azar, pelo menos, para o Dr. Varatojo e Ross Pinn (Roussado Pinto), que já não andam cá, para recordar.

Apresentação e postagem por Daniel Costa


Comentários

Daniel,
Gosto bem das sextas-feiras e sempre digo que os melhores anos de minha vida eu os passei no velho casarão de minhas lembranças, aonde morávamos em treze pessoas - meus pais, meus irmão, tios e primos... Foram doces esses tempos...
Portanto, nada contra a sexta-feira 13.

Dulce

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