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A mostrar mensagens de janeiro, 2010

Mundo e Vida

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FIGURA INESQUECÍVEL - livros, uma abertura ao mundo Das figuras de vida, bem vistas as coisas, se as prioridades não fossem apenas brotadas do acaso, o tio Miguel, de seu nome completo Miguel António Foz teria de ser número um. Da facto o seu pai, meu avô materno, já se chamava Miguel Foz, morreu precocemente, com vinte e seis anos, deixando quatro filhos, comprado alguns pedaços de terreno e o nome de Casal do Foz, onde terá mandado construir a primeira casa local de habitação. O tio Miguel tinha casado com uma senhora viúva, propretária de uma pensão, em todo um prédo, o mais alto da cidade Peniche, bem no centro da então vila, com quatro andares, um espanto!... A tia Elvira era um pouco mais velha e tinha já uma filha, a Glória em idade de namorar. Em resultado, devido a uma destas patologias, pouco amigas de pessoas que ultrapassaram os "entas", o tio Miguel ficou viúvo. Ainda tentou manter e gerir a pensão, no entanto a alma da mesma, a tia Elvira já não pertencia ao mu

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LIMPEZA DO SARRO NOS TONÉIS O Avô fora ferreiro, ao mesmo tempo era um pequeno industrial de agricultura, incluindo culturas vinícolas. Tinha adega com lagar, um grande tonel com aduelas de madeira, por já não lhe fazer falta vendeu o maior por oitocentos escudos, uma quantia elevadíssima para a época. A grande vasilha de vinte pipas, de vinte e cinco almudes cada, sendo o almude uma unidade de vinte litros. Saiu pela porta da adega em quatro partes, com as respectivas aduelas tiradas dos arcos e pregadas a vimes. Tal era a sua grandeza! Agora o avô, que ficara entrevado aos quarenta anos, foi delegando ocupações aos filhos o mais velho ficara com ofício de ferreiro, o a seguir, o meu pai o abegão (tratador e trabalhador com os bois) o seguinte também aprendeu o ofício, o quarto foi carpinteiro, o quinto trabalhador. Mais três raparigas, donas de casa. Quando andava na escola havia a adega, lembro-me do grande tonel e da sua venda, mas ainda ficaram outros tonéis menores que e

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MIGUEL DE OLIVEIRA RETALHOS DE UMA VIDA DEDICADA À MÚSICA ENSAIO DE BIOGRAFIA Da autoria de Fernando Prego, editado pelo Cineclube de Monção, no passado mês de Agosto, mais precisamente a 20 (2009), uma interessante biografia do Maestro Miguel de Oliveira, que regeu a Banda daquela vila do Alto Minho. O autor, de quem recebi um exemplar do livro, nele mostrou a sua minuciosa pesquisa, das actividades do Maestro que acabou os seus dia em Monção. Mostra-o como figura de relevo que foi da cultura musical do nosso país. O livro, em forma de ensaio, consta de 140 páginas, do formato 19,5 X 23 cm, é bem uma importante resenha da vida e enorme actividade musical de Miguel de Oliveira. Recorro aos dois últimos parágrafos do autor, em nota a abrir: "Miguel de Oliveira de Oliveira foi um homem de sonhos, um homem de causas, um homem solidário. Um homem bom: um Homem. E, sendo assim, aliado a tudo isto, foi ainda um grande artista. Um Artista." Percorrendo todo o livro, va

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SESSÃO DE FADOS NO CENTRO COMERCIAL NEVADA   O Centro Comercial Nevada, em de Benfica, Lisboa, quase em frente da bicentenária igreja matriz e ponto de referência da freguesia, não sendo de grande dimensão, mas bem localizado, conta várias iniciativas ao longo do ano, que vão atraindo visitantes. Foi assim, que uns dias antes do Natal, a Relações Públicas do centro, Ana Paula Fernandes, organizou e dirigiu superiormente, no átrio do piso inferior, uma interessante sessão de Fado amador. Como cultor da canção tipicamente lisboeta, que é o fado, estive presente.   A veia jornalística veio ao cimo e logo tratei de tomar algumas notas, como não era portador de máquina fotográfica, nesse aspecto, solicitei ajuda à Relações Públicas, que amavelmente, se prontificou a enviar-me fotos. Sendo a freguesia de Benfica uma das mais populosas do país, creio que estas iniciativas, ainda que dimensões locais, de âmbito cultural devem ser relevadas. Abrilhantaram a sessão, a fadista V

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JUSTIÇA POPULAR CONTO Em terras do Oeste, num casebre no meio do vasto campo de cultivo designado de Vale da Serra vivia um viúvo acompanhado da filha, diziam as más línguas estarem amancebados, o que a ser assim aquele modo de vida um verdadeiro incesto. Um negociante e comerciante estabelecido, com fama de se servir da lojeca, para sede dos seus negócios menos ortodoxos, um dos quais se baseou em petróleo, ali ia tratava das suas negociatas de conveniência. Estava a viver-se os efeitos da Segunda Grande Guerra, ainda a devastar a Europa a fazer-se sentir um pouco por todo o mundo, era tempo de racionamento, umas gotas do combustível destinado à iluminação, à mistura com água, fazendo uma grande mancha no chão térreo do logradouro, uma demonstração da sua esperteza para a fraude. Chamou a autoridade e fazendo crer que, por pouca sorte, se entornara todo o bidão. Como poderia atender os clientes, que acorriam ali pontual e mensalmente a apresentar as suas senhas de raciona

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QUARTEL EM FARO fim de semana de boleia Estávamos em Novembro de 1961, o Esquadrão 297, depois de uma inversão deixara de pertencer ao Batalhão de Cavalaria 345 sob o comando do Tenente-Coronel António de Spínola. Recebera uma ordem repentina para, de Estremoz rumar a Sul, onde indo substituir um outro Esquadrão de Cavalaria que ali estava adido. Substitua-o, após justa reivindicação do seu comandante. Lá se fora o gozo de licença de embarque para o Ultramar!... A posição era a de adido, no quartel mais a Sul, na situação de esperar vez de seguir. Isto dera-se no princípio de Outubro Naquele tempo, Faro ficava muito mais longe da Bufarda, no concelho de Peniche, o dinheiro não fluía como actualmente, o que a tropa pagava era igual a quase nada, o que os paizinhos despendiam, tinha por força de ser muito bem administrado. A nostalgia apoderava-se de qualquer rapaz sensível de 21 anos, que sentia necessidade de contar algumas incidências e aventuras, do seu dia a dia, aos país