Lourinhassauros


Uma valiosa ala de paleontologia, terminando no Forte Paimogo.
Ao longo de 9.900 metros, o caminhante pode visitar outros pontos de interesse histórico, como o Convento de Santo António, a Igreja da Misericórdia e a Igreja do Castelo e deslumbrar-se com belas paisagens naturais, com especial destaque para as praias de Areia Branca, Vale Frades, Caniçal e Paimogo.

LOURINHÃ - Capital de Dinossauros

Visitar a vila da Lourinhã, é conhecer uma das regiões bastante atractivas do Oeste. Primeiro temos toda a orla marítima detentora de grande beleza paisagística, mesmo se mencionar só o Paimogo, com a sua pequena praia e marina e a Areia Branca, com o seu areal mais extenso, que se pode alcançar vindo daquele paraíso por uma estrada existente na marginal.
Daí se pode chegar à Lourinhã, onde no centro, à entrada da Rua João Luis de Moura, encontramos com facilidade o edifício que albergou o velho tribunal da comarca.
Aí está instalado o Museu dos Dinossauros, o que faz da vila capital dos mesmos, mercê da existência do Museu e de ser a região onde mais têm aparecido jazidas de pequenos fósseis ósseos desses animais, alguns gigantescos, que há milhões de anos povoavam, a terra.
O maior núcleo Museológico de fósseis de dinossauros ou dinossaurios do país encontra-se naquela vila.
Para os habitantes da grande Lisboa, há ainda a vantagem de se encontrar a uma hora de automóvel e compreende outras secções, atractivos museológicos com que vale a pena tomar contacto numa visita guiada.
Assim temos o Pavilhão da Paleontologia com a sua colecção dos fósseis dos Dinossauros, pertencentes ao Jurássico superior, com 150 milhões de anos.
Há a destacar o ninho de ovos do Lourinhanossauros, um carnívoro, entre outras espécies únicas conhecidas no mundo. Aliás é por isso que Lourinhanosauros é a designação mundial para esta classe de mamutes, que o Museu se orgulha de apresentar.
Já em 09/11/1999 os CTT lançaram uma série de selos a extrair de máquinas (Etiquetas EIFA), em que uma das estampilhas apresenta a reconstituição do mesmo. Foram lançados também naquela vila com carimbo comemorativo. Este facto, só por si foi se extraordinário relevo.
Porém o Museu vai mais longe, apresenta vários núcleos como Arqueologia, compreendendo o Paleolítico, o Mesolítico, o Neolítico, o Calcolitico, o Romano e a Idade Média.
Depois Etnografia Agrícola, Sala das Profissões, Sala das Colectividades e Tempos Livres, Arte Sacra, terminando na Casa Tradicional Saloia.
Como se vê, tudo muito apelativo para se efectuar uma Visita ao Museu e à região, numa jornada de passeio a valer a pena, visto que há na zona uma gastronomia a fazer as delícias dos bons amadores.
Pessoalmente, guardo recordações de dois locais onde foram feitas as recolhas fósseis. Actualmente sei que não era acaso o fascínio e o próprio cheiro de aventura, que experimentava, em todos os sítios de Paimogo, onde sempre me pareceu haver algo a descobrir.
Miragaia também me atraiu muito, achei o sítio cheio de mistério.
Ai está: Foi a localidade do achamento do Lourinhanossauros.
Além dos apontados, foram encontradas também jazidas de restos daqueles animais, noutro ponto do concelho da Lourinhã. Trata-se da localidade de Porto Dinheiro, sensivelmente a Oeste da vila, também muito visitada, pela situação de privilégio, na orla marítima ainda pela afamada indústria gastronómica existente.
Todas as secções me merecem, o maior respeito, visto que muitos dos ultrapassados instrumentos expostos marcaram a minha juventude.
Fixo-me nos maguais que se apresentam, embora a designação no velho Oeste, por quem os manejava fossem, de "malháis", o que me parecerá mais correcta, porque serviam para debulhar as maçarocas de milho malhando-as, com convicção.

Os velhos manguais, que manejei com destreza, conhecia-os por malháis

Normalmente, em Agosto ou Setembro, em grandes serenatas, era o tempo de nas eiras, em grupos, hoje numa, amanhã na do amigo, se proceder ao ritual de efectuar pelo processo de malhação, a debulha das maçarocas.
A reunião daqueles grupos efectuando as malhadas, era como que um ritual folclórico, enquanto um trabalho bastante árduo, que a colheita do milho desencadeava.
Manejar o mangual exigia muita perícia, naquele vai e vem rápido acima e abaixo, com os trabalhadores aos pares, em movimentos cadenciados, acabando por deixar passado um certo tempo, todo o milho separado do sabugo como se prendia.

Daniel Costa

Comentários

RENATA CORDEIRO disse…
Gostei de como apresenta a Vila de Lourinhã-Capital de Dinossauros, bem como descreve, em pormenores e detalhadamente, o que lá ocorre e ocorreu. Suas memórias são muito vívidas, estão muito presentes.
Os seus textos muito me cativam, Daniel, como vc sabe.
Também publiquei em meu Blog, se puder ir.
Beijos e guarde o meu carinho em seu coração,
Renata
poetaeusou . . . disse…
*
bela aula
dinossaureana,
,
recordei
o Dr Galopim Carvalho,
,
um abraço,
,
*

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