Mundo e Vida


Criação de perus


Venda ambulante de perús em Lisboa pelo Natal 

PERÚ DO NATAL



Creio que por todo o país, chegou a estar muito arreigado o hábito da ementa da ceia de Natal das famílias incluir carne do peru.
Os tempos são outros, a vulgarização da ave, que passou de doméstica a criação de aviário veio fazer com que apareça nos talhos e nos supermercados todo o ano, portanto menos desejada numa época específica, como o Natal.
Depois quer se queira ou não, a carne de aves de capoeira, uma vez criadas em aviário não fazem tão bons cozinhados, já não dão a antiga áurea à cozinheira doméstica, como antigamente.
Tempos houve em que, pela quadra do Natal, por todos os bairros de Lisboa, passava um homem conduzindo uma manada de perus, apregoando-os.
Nos anos sessenta passava, diariamente, no largo Martim Moniz, em Lisboa. Nesta quadra testemunhava, o típico vendedor de perus sempre ali.
Parece que o estou ainda a vislumbrar, junto dos pré-fabricados a albergar as diversas casas de comércio, que substituíam provisoriamente outras velhas, eternizando-se à espera da remodelação total.
Interessante a tipicidade do vendedor e condutor de perus, o casaco sempre amarrado à cintura, pelas mangas e a imitar o grunhido dos animais, como a falar com eles, guiando-os.
Recordar estes tempos, sem sombra de nostalgias é agradável.
Porém, tentemos acompanhar o galopante progresso deste século, que nem a visível recessão travará.

Daniel Costa



Comentários

RENATA CORDEIRO disse…
Olá, Daniel!
Recordar é sempre bom
Significa reconstruir com as próprias lembranças
Curiosidade:
Do lado de cá comemos aves no Natal direto do supermercado há muito não reclamos são excelentes
Ótima postagem, amigo! Muita visão
Meu Anjo, você não acompanha o progresso deste século
(Re)Constrói este século
Muito obrigada
Beijos sempre
Renata
Graça disse…
Boa recordação, Daniel, de outros tempos da nossa Lisboa. Quanto ao peru... nunca entrou lá em casa, no Natal... somos todos fãs do bacalhau :).

Beijo imenso de carinho e bom domingo.
Uma excelente recordação para perpetuar. Gostei de ler.
Boa semana :-)

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