MUNDO E VIDA

FIM DO JORNAL 24 HORAS

No dia 5 de Maio de 1998, estava eu a passar uns dias de férias em Albufeira, no Algarve, era fiel a um jornal de que guardo boas recordações, também já extinto, A CAPITAL
Como não estava em Lisboa, tinha-me passado despercebida a criação do novo meio de comunicação. Como então coleccionava primeiros números de publicações, tratei de adquirir um exemplar, preterindo o meu fiel meio de comunicação em papel.
Pode ser visto aqui o cabeçalho da capa do primeiro número que foi dado à estampa.
O que me leva a ter pena da queda do jornal é a mesma razão que esta me assolou, em todos os casos.
Não por ter colaborado e continuo, em variadíssimos órgãos de comunicação social, inclusive de Espanha, de ter criado a minha própria revista, que durou mais de três décadas, escrevendo e sendo o próprio paginador.
Isto porque a feitura de um jornal, mesmo qualquer trabalho gráfico, não tem segredos para mim. Sou ainda do tempo da composição em chumbo nas linotypes, da fotogravura, da galvanoplastia etc.
Conheci várias salas de redacção, de teleimpressoras, que no seu matraquear, iam recebendo notícias de todo o mundo.
Depois os meios evolutivos que foram deixando, títulos pelo caminho, como seria lógico.
Acontece que os meios de comunicação social, têm continuado a evoluir, para dar lugar a novas formas de informação.
Fazendo uma retrospectiva de todo o mundo da informação, desde os anos sessenta de século passada, como de todos os sectores da economia, fica-se com uma panorâmica da abissal diferença.
Torna-se interessante poder conversar com gente de trinta, quarenta anos, ou mais para ver o que temos de continuar a reciclamo-nos.
É de crer que a sociedade do futuro, vai depender da globalização que a Internet protagoniza. É de crer mesmo que os mais velhos de hoje deviam fazer todo o esforço para entrar já nesse novo mundo.
Mas enfim, o meu objectivo é deixar aqui expresso, o que me motiva, a mágoa de ver findar, no fim de 12 anos, mais um jornal diário, o 24 HORAS.

Daniel Costa

Comentários

RENATA CORDEIRO disse…
Ótima postagem, querido! Parabéns*****

Jardim do Amor
Rosas, miosótis e violetas
Embelezam os nossos sonhos
Num jardim, no arco-íris, no horizonte.
E enfeitam nossa amizade, despontando
Ramos perfumados de coloridas quimeras...

E cuidamos desse jardim em flor
Para que seja sempre belo
Nos eventos em que mais te quero,
Na delícia de teus abraços, mais calor...

São tantos rebentos que colho...
Lírios, cravos e margaridas
A realçar nosso canto, meu amor,
Pois do buquê que me ofertas
Na chegada e despedida, cada flor
Neste jardim ganha sua rega, e me alegra,
A cada carícia que meu fôlego tirou.

beijos
Renata
Parece-me que a globalização já invadiu a imprensa escrita há uns anitos.
Pelo que me é dado saber, jornais "amigos" e "rivais", bem como revistas, são impressos no mesmo local.
O "recato" do canto próprio de impressão, foi ultrapassado pela voragem da vida moderna.
Não sei como é colocada a paginação para impressão.
mas seria engraçado as notícias de um jornal ou revista saírem noutro qualquer.

Um abração
Saozita disse…
Estimado amigo Daniel, é sempre pena vermos fechar um Jornal, o problema é que a concorrência é muito grande, por outro lado os leitores diminuem, pois portugal começa a padecer de uma grave doença de iliteracia e a acrescentar os actuais custos de um jornal relativamente ao pequeno poder de compra da maioria dos portugueses.

Tenha uma boa noite.

Beijinho

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